Um estudo recente do IDC aponta que o espaço para prestadores de serviço independentes está se ampliando. A razão é a transição dos equipamentos proprietários para servidores genéricos rodando aplicativos de telefonia. Se, antes, o suporte ao PBX cabia ao seu fabricante, agora os prestadores de serviços também têm sua chance. O IDC estima que, em 2010, o mercado de suporte a sistemas telefônicos vai movimentar 1,27 bilhão de dólares no mundo.
Para entrar nessa área, o requisito é capacitação não só em VoIP mas em tecnologias de rede em geral. “Muitos empresários querem o VoIP mas não conhecem bem essa tecnologia. É preciso explicar o que vai ser implantado, deixando claro, por exemplo, que a comunicação telefônica pode ser interrompida se a conexão com a internet cair”, diz Jorge Luiz da Rocha Pereira, consultor do Sebrae-SP. Parcerias com distribuidores de equipamentos vão facilitar a implantação dos projetos. Também é preciso associar-se a operadoras de VoIP. Por fim, conhecer as tarifas das operadoras é fundamental na hora de vender um projeto.
O carioca André Street é o que se pode chamar de empreendedor serial. Criou seu primeiro negócio, a PagaFácil, aos 15 anos, quando estava no colégio. Vendeu a empresa aos 19. Hoje, aos 23, tem participações em quatro companhias. A mais bem-sucedida, a Braspag, movimentou, em 2006, mais de 1 bilhão de reais em pagamentos online de clientes como Dell, Google e Americanas. A empresa pertence à Ideiasnet, ao grupo Nasajon e à holding que Street mantém com seu sócio Eduardo Pontes. Segundo ele, os investidores já lucraram mais que o dobro do valor aplicado. E a participação que eles têm na Braspag vale, hoje, mais de dez vezes o investimento feito.
Viver uma história de sucesso como essa é o desejo de um grande número de pessoas. Em 2006, 467 mil empresas foram registradas no Brasil, segundo dados do Departamento Nacional de Registro do Comércio. Para quem quer se destacar nessa multidão, a INFO garimpou 12 idéias promissoras de negócios, com investimento inicial entre 40 e 245 mil reais. Mas, antes de atacar uma delas, não se pode esquecer que uma boa idéia é apenas o começo. “Recebemos dez propostas de novos negócios por semana. Quase nenhuma é aceita. Ter uma idéia é fácil, mas pouca gente tem a capacidade de transformá-la num negócio rentável”, diz Silvio Meira, cientista-chefe do C.E.S.A.R, centro de pesquisas de Recife que também funciona como incubadora de empresas. Meira dá três conselhos para o iniciante: escolher uma proposta tão ousada (e arriscada) quanto possível, tentar convencer algum amigo de que o negócio é bom (se não conseguir, nem adianta ir em frente) e associar-se a gente que sabe ganhar dinheiro, ou seja, a investidores. André Street, por exemplo, fez tudo isso quando fundou a Braspag.
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